Copa do Mundo no Qatar: Um dos países mais perigosos para mulheres e LGBTQIA+
De origem islâmica, o Qatar é um país bastante conservador, que tem diversas restrições à comunidade LGBTQIA+ e às mulheres.
O choque cultural é muito grande, afinal, um dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo é também um ambiente hostil para a diversidade das pessoas.
Então, que tal vir com a gente e conhecer um pouco mais sobre a cultura do Qatar e o que esperar nesta Copa do Mundo?
Cultura do Qatar: Religião
A religião oficial do Qatar é o Islã, seguido por cerca de 70% da população. Assim, por ser um país muito religioso, o sistema legal também é baseado no Islamismo, com normas do Direito Islâmico na chamada “lei Charia”.
E, por esse motivo, algumas das principais regras do país são bastante conservadoras. Então, o que é comum aqui no Brasil pode ser uma infração gravíssima no país árabe.
Cultura do Qatar: Vestimenta
Entre essas regras conservadoras está o “uso adequado” das roupas:
● O uso de trajes ocidentais é permitido, mas não é liberado o uso de roupas que mostrem os ombros e joelhos;
● Mulheres podem vestir apenas calças largas, saias abaixo do joelho e camisas com mangas longas;
● Roupas de banho só são permitidas nas praias ou piscinas de hotéis;
● Tatuagens devem ser cobertas.
Ah, e por ser um país muçulmano, mulheres devem ter sempre um véu por perto para acessar espaços religiosos.
Cultura do Qatar: Comportamento afetivo
As demonstrações de afeto são proibidas no Qatar! Assim, qualquer comportamento carinhoso — mesmo que discreto — pode gerar muita confusão.
Abraços, beijos e, inclusive, conversas com o sexo oposto, não são bem vistos por lá.
Além disso, encontros casuais não são permitidos, pois a religião não aprova relações sexuais antes do casamento, sob pena de 7 anos de prisão!
Cultura do Qatar: Comunidade LGBTQIA+
Se as demonstrações de afeto já são proibidas, imagine ser homossexual. Pois é, o Qatar está entre os países mais perigosos para a comunidade LGBTQIA+, onde há a possibilidade de ser condenado à morte por ser gay.
Para o período da Copa foram feitas algumas cessões, e será permitido o uso das bandeiras que representam o movimento. Mas andar em paz na rua que é bom…
Liberdade passou longe do Qatar. Assim, a Copa do Mundo de 2022 será marcada por um cenário agressivo para mulheres e pessoas LGBTQIA+. Afinal, apenas ser já é um crime.
E se por aqui já temos questões suficientes para nos preocupar, visto que ser mulher e LGBTQIA+ no Brasil ainda traz muita complicação, imagine no Qatar? Então, na Copa do Qatar #ninguémsoltaamãodeninguém!
Nós da STQ lutamos por um mundo sem machismo, racismo e LGBTfobia, onde ser você mesmo não é um crime. Por isso, não podemos concordar com as regras preconceituosas que permitem que uma pessoa seja condenada pelo gênero ou orientação sexual! Então, vai se Qatar!
E aí, o que você achou de conhecer um pouco sobre a cultura do Qatar? Conte pra gente nos comentários.
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