Você sabe quem foi Marighella? Neste post, você confere uma breve biografia e curiosidades sobre este importante militante brasileiro. Não deixe de acompanhar!
Carlos Marighella foi um dos militantes mais importantes do período da Ditadura Militar no Brasil. Este período obscuro da história brasileira ficou marcado pela censura e por ter torturado e matado diversas pessoas que não concordavam com o regime, tais como o personagem que é assunto do artigo de hoje.
A história de Marighella, político, escritor e guerrilheiro brasileiro, é lembrada hoje através de produções literárias e cinematográficas, e merece destaque pela resistência e luta.
Você provavelmente já nos conhece e sabe que somos contra a ditadura, e para que não se repita, é importante conhecer sua história. Por isso trouxemos nesse post um pouco sobre a trajetória desta personalidade tão importante. Então, não deixe de conferir o conteúdo a seguir.
Marighella: uma breve biografia
Carlos Marighella nasceu no ano de 1911, em Salvador, Bahia. Sendo um dos setes filhos de um imigrante italiano, operário e mecânico, e uma bahiana, filha de escravos africanos, Carlos Marighella teve uma infância bastante simples.
Incentivado pelos pais, teve a oportunidade de frequentar a escola, e logo aos quatro anos já era alfabetizado. Em casa, o pai o incentivava a ler livros nacionais e estrangeiros, e inclusive cedeu seu escritório para que o filho pudesse estudar.
Carlos foi um aluno excelente durante todos os anos na escola, e finalizou os estudos com êxito. Chegou, inclusive, a ingressar no curso de engenharia civil da Escola Politécnica da Bahia.
Porém, não deu continuidade ao curso de graduação e desistiu no terceiro ano, pois optou pela militância. Em 1934, mudou-se para o Rio de Janeiro, devido ao seu ingresso no PCB (Partido Comunista Brasileiro), tornando-se militante orgânico do partido.
Em 1932, foi preso pela primeira vez por ter escrito um poema criticando Juracy Magalhães, militar e político da época (inclusive, uma rua de Salvador leva seu nome atualmente). Em 1936, foi preso novamente e torturado pela polícia de Filinto Müller (também militar e político). Permaneceu na prisão por um ano. Em 1939, foi recapturado e torturado. Desta vez, permaneceu na prisão até 1945.
Em 1946, foi eleito deputado federal constituinte pelo PCB (Bahia). No mesmo período teve um relacionamento com Elza Sento Sé, com quem teve seu filho Carlos Augusto Marighella.
No ano de 1964, logo após o golpe militar, foi preso pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e torturado. O DOPS foi responsável por prender, torturar e matar diversos militantes da época. Marighella foi libertado apenas em 1965, por decisão judicial.
Em 1969, aos 58 anos, Carlos Marighella foi morto a tiros por agentes do DOPS. Em 4 de novembro, o militante foi surpreendido por uma emboscada e não conseguiu sobreviver.
9 Curiosidades sobre Carlos Marighella
Agora que você já viu uma breve biografia do militante que lutou contra a ditadura militar brasileira, confira algumas curiosidades bem interessantes sobre sua trajetória.
• Marighella foi o principal nome da guerrilha comunista brasileira durante a Ditadura Militar. Seu filho, Carlos Augusto, o Carlinhos, também chegou a se filiar ao PCB na década de 70, mas não teve envolvimento tão profundo como o pai.
• Durante o período da Ditadura militar, principalmente na década de 60, Carlos Marighella foi considerado o principal inimigo dos militares, por isso, foi muito procurado e torturado.
• Como já dito, Marighella foi deputado federal eleito na Bahia, mas o Presidente da época colocou o PCB, seu partido, na ilegalidade, e o mandato do militante foi cassado. A partir daí, o partido começou a atuar de forma clandestina. O PCB só saiu da clandestinidade com o fim da ditadura, e foi extinto em 1992.
• Na década de 50, Marighella foi convidado a viver na China e participar do comitê do Partido Comunista do país. Durante dois anos, vivenciou a Revolução Comunista chinesa.
• Em 1964, rompeu a ligação que tinha com o PCB, pois não concordou com a postura adotada pelo partido. Neste período, o PCB optou por seguir o foquismo, teoria criada por Che Guevara. De acordo com o foquismo, era necessário criar focos da Revolução Comunista pelo mundo, a fim de enfraquecer o imperialismo.
• Após romper com o PCB, Marighella fundou a ALN (Ação Libertadora Nacional), organização guerrilheira armada.
• Como já dito, o militante foi poeta, e várias de suas poesias estão publicadas no livro “Rondó da Liberdade”. Além disso, escreveu o “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”, “A Crise Brasileira” (trabalho teórico), “Alguns Aspectos da Renda da Terra no Brasil”, “Algumas Questões Sobre as Guerrilhas no Brasil”, “Chamamento ao Povo Brasileiro” e “Pela Libertação do Brasil”.
• Em 2019, foi lançado o filme “Marighella”, dirigido por Wagner Moura. O cantor Seu Jorge interpretou o militante no longa. Já existem previsões de uma série criada a partir do filme, que deverá estrear na TV Aberta.
• O longa é baseado no livro ”Marighella - O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo (2012 / Companhia das Letras)”, que retrata a vida do guerrilheiro na década de 60.
No post de hoje, você conferiu uma breve biografia e curiosidades sobre Marighella, uma das personalidades mais importantes da esquerda brasileira, que lutou contra a censura e a Ditadura Militar no Brasil.
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